Amores Possíveis
Sofrer de amor neste displante ai... quem dera
Instante fatigante já que a vida é uma quimera,
Perder-me nos queixumes de lúgubres amores
Mais convém-me a sina os dilacerantres rumores...
Aturdidas te sentes e ressentes a falta de poética em tua dialética
Mas és tu a cética que ao ver os rumores de entraves te cercas,
Como poderás de amores perder-te se de amares não te coubes
Vivestes mais de estática do que de falsos arroubes...
Para amares sem fronteiras que asneiras te façam verter sorrisos
E sintas como névoa pardacenta que já lamenta a fatal cobiça,
Urge que te curves a alcova do que sofreram rudes prantos...
Daqueles que teceram sua irreal existência a sombra dos sonhos
Que não mediram audácia aos atos que nos propomos na remissa,
Aos que fizeram das torpezas uma foma de amor indolente que componho...
Autora- Gilda Gonsales